Tezepelumabe é um anticorpo monoclonal que age na TSLP (linfopoetina estromal tímica), podendo agir tanto na asma com perfil T2 alto ou não. Nesta carta ao editor, publicada no CHEST em novembro de 2025, 8 pacientes com granulomatose eosinofílica com poliangeíte (sendo 4 mulheres), com eosinofilia periférica importante (4600 células/mm³), permaneciam com vasculite não controlada, apesar de já estarem em uso de terapia com anti-IL-5/anti-receptor de L5 (mepolizumabe: n=4; benralizumabe, n=3; reslizumabe, n=1). Após um ano de troca para tezepelumabe (switch), observou-se redução significativa no escore de atividade de vasculite (BVAS: 3,88 -> 0,4; p=0,02), assim como redução expressiva do FENO (113 -> 53; p=0,032). Isso também se acompanhou de melhora do controle da asma (ACQ-6: 3,1 -> 1,2; p=0,03) e dos sintomas nasais (NOT-22: 56 -> 22; p=0,001).
Impressão: estudo pequeno open-label, com apenas 8 pacientes, porém se trata do maior relato, até o momento, mostrando possível efeito benéfico do tezepelumabe em induzir remissão em pacientes com GEPA, inclusive não controle inadequado com outros imunobiológicos.